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Sofisma Ambiental

Sofisma Ambiental.

Por Xico Graziano, Engenheiro Agrônomo e Ambientalista.

No mundo da comunicação, o grande desafio do.s pesquisadores científicos reside em encontrar formas adequadas e interessantes para a transmissão dos conhecimentos adquiridos na Academia. A mídia, seja a TV seja a Internet, impõe novos padrões e estímulos aos jovens, especialmente, no processo de aprendizado. Ora, o texto do prof. Roberto Ferreira de Novais, sobre o eucalipto, demonstra que ele é um craque na comunicação, além de um profundo conhecedor de agronomia e silvicultura. Quem se interessar na desconstrução de uma falácia, como essa que se apresenta contra as florestas plantadas, não pode deixar de ler esse extraordinário documento. Felizmente existe o prof. Roberto Novais, felizmente a UFV funciona, felizmente a SIF trabalha, todos sob o enfoque do desenvolvimento sustentável, pensando no futuro do Planeta Terra.

Em adendo, para contribuir nessa história, incluo nesse editorial trecho de artigo publicado na coluna regular que mantenho nos jornais O Estado de São Paulo, O Globo e O Tempo. Infelizmente, gente inocente vira boboca nas garras da maledicência que chateia o setor florestal do país. Nesse processo, cabe aos técnicos se exporem mais, se abrirem, encontrarem formas de transmitir os novos conhecimentos da silvicultura, enfrentando a infâmia que taxa o eucalipto como planta do mal. Está na cara que, entre outras razões, existe uma campanha orquestrada, internacionalmente, contra a celulose brasileira. Os pesquisadores não podem se calar. Foi o que fez, com criatividade, o prof. Novais. Que muitos o sigam, e os bobocas desapareçam.

Assim escrevi no artigo Sofisma Ambiental: Coitado do eucalipto. Inventaram que a árvore trabalha para o mal. No passado, amargou a triste fama de secar o solo onde vivia. Agora, imputam-lhe a sina de causador da miséria. Uma barbaridade. Vem de longe essa confusão entre o homem, a sociedade e o mundo natural. Na história da filosofia e, mais tarde, no campo das ideologias, sempre se questionou as origens da desigualdade. Rousseau perguntava: as pessoas nascem más ou são deformadas pela sociedade? Na agricultura, o determinismo natural origina um sofisma. Parece óbvio, mas o raciocínio surge freqüentemente, como se verifica agora com os reflorestamentos. O resultado, não poderia deixar de ser, machuca a inteligência. Há quem, décadas atrás, tenha sugerido que a cana-de-açúcar causava pobreza. Baseado nas características coloniais do sistema agrário-exportador, que exigia a monocultura, a grande propriedade e o trabalho escravo, a cultura acabou esconjurada. Não era planta democrática . Quando se demonstrou que na Austrália os cultivos canavieiros, ao contrário daqui, se faziam em pequena escala, o infeliz ardil determinista se desmanchou. Claro estava que são os homens, e não as plantas ou animais, os responsáveis pelas injustiças do mundo .

A silvicultura nacional, a par com seu sucesso, enfrenta uma campanha difamatória de caráter obscurantista, retrógrada. A pior decisão da cadeia produtiva das florestas plantadas, nesse caso, será relevar o dilema. Não. Pelo contrário, assim como no período do Iluminismo, há que se acender luzes contra a escuridão, brandir a virtude da floresta sustentável contra o pesadelo dos que defendem o apagão florestal.

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